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sábado, 31 de janeiro de 2009

Receita Prescrita

Uma pintada de sei-lá-o-quê com canela,
Mechas azuis de terça-feira,
Fortes apertos de mãos cor amarela, certa nostalgia nojenta.
Oscilações de perfeição beirando a paranóia sublime de um neurótico.
Copos quebrados de açúcar mascavo
Roxo, de preferência, não se esqueça da essência da cor.
Medidas incertas, três orcs verdes fritos.
Panela velha, amor cego, prisão perpétua.
Forno leve por vinte minutos, o quão quente for o seu pavor.
Ponta dos pés, requeijão de marmelo.
Sete gotas de choro sincero
Uma colher de chá de mentira
Quatro facadas vinte centímetros do coração
Redondo e perfeito
Sem a absorção absoluta
Opaco o seguro desejo
Um caldeirão cheio
Uma alma vazia
Despejando o mais puro desespero
O livro cinza de receitas tortuosas
Cada um escreve o seu
Segue o padrão seu
E vomita vermelho o resquício de si que resta
Difícil o caminho da vida
Meu único conselho:
Deu branco.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

De como transformar-se em monstro:.

Primeiro torna-me crucificante, ó crucificado
E, somente então, interrompa a sinergia.
Sinta o calor em cada passo,
alimente-se da minha, já gasta, fúlgida alegria...
Que se esvai.

Suas correntes que me eclipsam os pensamentos eclipsados,
A alusao que desemboca em desilusão
No ouvir de ruídos estridentes, inexistentes
Nos arrepios e comichões.
De seu agro purgante não bebo mais,
Sem maniqueísmo ou babaquices mais.

A morte parece tão forte
E o ser mínimo nesse universo tão grande.
Bon jour, carpe diem, to be a happy forever a day.

A dor é plásmica, cor de verde musgo em principio,
forte e brutal,
mas, que a insuportável tolerância,
transmuta em breves respingos letais.

Em breves respingos letais:
ressurge, no silêncio, a intemperança
tal qual assume morfogênese odiosa
O estandarte resplandece rubro e pútrido.

E a flor dos anos, já gastos, tão gastos decide, não mais, aparecer...

sábado, 10 de janeiro de 2009

:Doces ilusões:


Foi tão...etéreo. Sequer lembrei seu nome aquele momento. Ou lembrei, não sei. Teus olhos fitavam os meus. Tão seus. Tão reveladores e obscuros. Gosto de pão de mel, cor de fel e cheiro azul de absinto. Gosto assim. Sem retirar o pano de cima. Louco por si mesmo, por si só. Em pequenos goles ácidos, secos e verdes, até acabar...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Pala Inversa

Cada um curte a pala do jeito que quiser
Mas no final das contas
Tudo é pala.
- F. M. Jácome


Tudo faz parte de uma só mesma coisa, mesmo que isoladas pareçam inversas. Pois é exatamente essa inversão que as faz do mesmo todo. Por exemplo: imagine uma bola perfeitamente redonda e maciça; agora arranque um gomo dessa bola, oposto a ela tem um gomo totalmente diferente, mas do mesmo todo: A BOLA!
Outra abstração: se aquela mesma bola for dividida ao meio, uma metade branca e outra preta, e posteriormente arranca-se um pedacinho do meio, como um imã a bola aniquila o vão, agindo como o yin e yang: complementando-se (!).
Para qualquer coisa ou indivíduo há o seu inverso e juntos se complementam. O universo é uno, diferente em várias pequenas partes, mas a mesma coisa em um todo.
Para aqueles que conhecem, pensem na Jóia de Quatro Almas de Inuyasha, em que há uma única esfera que foi partida em vários pedaços; cada pedaço é diferente, mas pertencente à mesma esfera.