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Ao acordar, debrucei-me no armário em busca do sintagma a compor meu discurso daquele dia. Em seguida fui ao banheiro, mas, em vez de banho, detive-me fronte ao espelho.
O que vi foi: Uma pessoa capaz de engolir comprimidos afim de encerrar toda a sua vida, capaz de acabar com tudo de uma vez. TUDO.
Vi ela - que sou eu - encarei seus olhos sem hesitar; neles, enxerguei um duplo abismo. Primeiro fuzilei a ela com o olhar de gelo, ela e seu olhar atrativo. Com a mão direita tentei tocar, mas hesitei. Não por medo, mas pelo desdobramento. Invisível. Sentir o que vemos todos os dias.
Sorri um riso esfíngico da piada interna, de "como pude?".
Vi ela - que sou eu - encarei seus olhos sem hesitar; neles, enxerguei um duplo abismo. Primeiro fuzilei a ela com o olhar de gelo, ela e seu olhar atrativo. Com a mão direita tentei tocar, mas hesitei. Não por medo, mas pelo desdobramento. Invisível. Sentir o que vemos todos os dias.
Sorri um riso esfíngico da piada interna, de "como pude?".